Fake News em condomínios e o papel do síndico

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Todos nós sabemos a importância que as notícias têm no cotidiano das pessoas e, pelo fato de causarem tanto impacto, é preciso tomar muito cuidado na hora de compartilhá-las. As chamadas fake news, muitas vezes são confundidas com fofocas, mentiras ou estórias que são passadas adiante, por uma ou mais pessoas, com o intuito de confundir ou manipular a opinião pública, causando desinformação e prejuízos em diversos aspectos da nossa sociedade.

No geral, as fake news não chegam a ser notícias de fato, são apenas mentiras disfarçadas de notícia, que acabam por enganar e iludir as pessoas que não procuram checar as fontes e se aprofundar nos assuntos apresentados. Na maioria das vezes, são informações propagadas com interesses baseados simplesmente no discurso de quem as cria ou dissemina, sendo beneficiados pela falta de conhecimento de muitos que acabam compartilhando sem ter certeza se aquilo é ou não uma informação verdadeira. 

Incontáveis estragos já foram causados pelas fake news na esfera da política, ciência, e outras áreas de extrema importância na sociedade em que vivemos, e se nessas áreas os prejuízos já são grandes, imagine quando se diz respeito aos condomínios, que por serem parte de um nicho muito específico, se espalham em uma velocidade ainda maior, causando danos tão graves quanto os citados anteriormente.  

O que pode ser um fator determinante para a aceleração do processo de disseminação de fake news é justamente a tecnologia que temos a nossa disposição nos dias atuais. Exemplo disso é um simples smartphone que tem a capacidade de espalhar rapidamente qualquer tipo de notícia por meio de grupos de conversas em aplicativos como o WhatsApp. 

Com o advento do home office durante a pandemia, a vida pessoal e profissional das pessoas têm se misturado com grande facilidade. Muitos moradores estão passando mais tempo em suas residências, o que tornou os condomínios ambientes propícios para a disseminação de fake news. 

No Brasil, existem mais de 400 mil condomínios e o ativo circulante mensal desse segmento ultrapassa os 5 bilhões de reais. Os condomínios, muitas vezes são considerados como pequenas cidades dentro dos bairros, e tendo em vista a quantidade cada vez maior de pessoas que optam por morar em condomínios, é muito difícil evitar que informações falsas ou parcialmente incorretas sejam espalhadas dentro dos grupos de comunicação online. Não importa se você é um condômino, funcionário ou síndico, todos estão sujeitos a receber fake news por meio de suas redes sociais. 

 

Mas como o síndico deve agir em casos de fake news disseminadas no condomínio? 

 

Primeiramente, é preciso que o síndico oriente os condôminos a respeito das notícias oficiais do condomínio, padronizando um grupo único como canal oficial de divulgação das informações, fazendo com que toda e qualquer notícia que for espalhada em grupos paralelos não seja considerada confiável e, por isso, sejam levadas ao conhecimento do síndico. 

Se por acaso alguma fake news vier a se tornar o foco de um determinado assunto entre os moradores e funcionários do condomínio, o síndico deve tomar providências, procurando a fonte propagadora e buscando alertar que tal ato pode ser considerado um crime, como calúnia ou difamação. 

O síndico, por ser um agente da ordem dentro do condomínio, não pode se omitir de tais questões. Existem muitos casos de condenação que são causadas por omissão de administradores de grupos que, durante trocas de ofensas entre moradores, foram omissos àquela situação. 

Não é fácil conter tais mensagens, ainda mais com todo o seu potencial de crescimento. Um dos pontos de alerta está relacionado ao fator comunicação dentro dos condomínios, que muitas vezes pode ser ineficiente ou escasso entre o síndico e os moradores. 

A divulgação de notícias e matérias ligadas ao mundo condominial são importantes e reforçam o interesse das  pessoas pelo segmento, mas tais interesses, quando relacionados a bens e serviços, juntamente com a falta de pesquisas em fontes checadas que são realmente confiáveis, muitas vezes podem iludir quem necessita de bons dados sobre o tema para com eles se fundamentar. 

É preciso ficar atento, pois o alerta a respeito das fake news serve principalmente para demonstrar que ainda há um longo caminho a percorrer. Todas as pessoas que estão envolvidas com o trabalho condominial, precisam se comprometer a ter mais cuidado ao propagar seus conteúdos, para que informações inverídicas não sejam passadas adiante. Entender a responsabilidade de se expressar e de se expor é fundamental para que as informações corretas sejam divulgadas e para que a propagação de informações através dos meios de comunicação seja um pouco mais controlável. 

Cada autor tem a obrigação de se responsabilizar pelas informações ou dados que tenham criado ou repassado, se comprometendo com a ética, transparência e veracidade dos fatos.  

Em um mundo onde a tecnologia possibilita a criação e disseminação instantânea de informações, temos inúmeros exemplos do mau uso dos meios eletrônicos de comunicação, mas justamente por isso, é preciso saber como agir e o que fazer para ajudar a minimizar os impactos da disseminação das fake news. Ficar atento e vigilante com cada segmento, conhecendo e atendendo efetivamente o que ele necessita, é fundamental para que o conhecimento seja passado de forma correta e com cada vez mais responsabilidade. Se cada um passar a se ver como influenciador e assumir sua verdadeira função, pode ser que em um futuro não muito distante, as fake news diminuam e deixem de ser um problema tão recorrente em nossa sociedade. 

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